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O IHGP, ao longo de sua história, desde 1900, conheceu fases importantes, vivenciando atualmente a sua quinta fase. Fundado em 3 de maio de 1900, sob a denominação de Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico do Pará, iniciou a sua primeira fase. Reinstalado em 6 de março de 1917, sem o vocábulo “Etnográfico”, iniciou a sua segunda fase. Na década de 1960 iniciou-se sua terceira fase, sendo reorganizada sua estrutura funcional de forma significativa. Nos anos finais da década de 1990, iniciou-se a quarta fase, marcada por mudanças importantes na forma de admissão de sócios pelo Instituto, pela reforma do Solar Barão de Guajará, o prédio sede do IHGP, e no reordenamento de vários aspectos de sua missão estatutária. De 2011 até o presente temos a quinta fase que compreende 4 gestões: “IHGP-Um Novo Tempo” (2011-2014); “IHGP-Tempo Presente” (2014-2017); “Saber e Memória” (2017-2020); "IHGP século XXI, tradição e reinvenção" (2021-2024).
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Diz respeito ao momento de fundação do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico do Pará, a 3 de maio de 1900. A sua criação esteve associada às comemorações do 4o Centenário do descobrimento do Brasil, sob os auspícios do governo do Estado do Pará, na época governado por José Paes de Carvalho. A data escolhida para fundação do Instituto, 3 de maio, fazia alusão portanto à data considerada na época como da descoberta do Brasil, sendo o Instituto fundado na mesma ocasião em que fora instituída a Academia Paraense de Letras e a Liga Humanitária. A comissão encarregada dos trabalhos necessários à fundação do Instituto, presidida pelo vice-governador do Estado do Pará, Gentil Bittencourt, era constituída dos Barões de Guajará e de Marajó, por João Antonio Luiz Coelho, Américo Marques de Santa Rosa, Manoel Baena, João Lúcio de Azevedo, Bernardino Pinto Marques, Emílio Goeldi, Arthur Lemos, Justo Chermont, Henrique Santa Rosa, Arthur Vianna, Samuel Wallace McDowell e Cônego João Ferreira de Andrade Muniz. Esta comissão elaborou o primeiro Estatuto do Instituto. Na sala dos espetáculos do Teatro da Paz, em sessão cívica, fora realizada solenidade de instalação do Instituto, sendo a reunião presidida por Henrique Santa Rosa, 1o vice-presidente, cabendo a José Olinto Barroso Rebello a condição de orador. Domingos Antônio Raiol, Barão de Guajará, na época considerado o decano dos historiadores paraenses, fora o primeiro presidente do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico do Pará. Nesta primeira fase, o Instituto lançou a sua Revista. Mas, a instituição conheceu vida breve, sendo em pouco tempo desarticulada.
Deu início em 1917, quando no contexto das comemorações do primeiro centenário da Revolução Pernambucana de 1817, a 6 de março fora fundado o Instituto Histórico e Geográfico do Pará - IHGP. Faziam parte da fundação do IHGP tanto antigos associados do primeiro Instituto, quanto novos integrantes que se somavam à Instituição recém-fundada. Na época, houve discussão acerca da condição ou natureza da agremiação: se uma continuidade do antigo Instituto fundado inicialmente em 3 de maio de 1900, ainda que sob novo nome, com a exclusão do vocábulo “Etnográfico”; ou se tratava de fato da fundação de um novo Instituto, com uma nova data de fundação e um novo nome. Ficou decidido que se tratava de um novo Instituto, sendo, portanto, a data de 6 de março de 1917 considerada como ano inicial da instituição. A partir daí, o IHGP conheceu uma institucional regular, ora mais intensa, ora menos, mas constante. Em 1918 fora lançada a Revista do IHGP. Data desta fase a criação da logo do IHGP pelo artista Theodoro Braga, na qual aparece a data de 6 de março de 1917 como dia da fundação do IHGP. Foram presidentes do IHGP, nesta fase, sucessivamente: Ignácio Baptista de Moura, Henrique Santa Rosa, Luiz Estevão de Oliveira, Henrique Jorge Hurley, Antonio Teixeira Gueiros, Abelardo Leão Condurú, Maurício Cordovil Pinto, Josué Justiniano Freire e Ernesto Horácio Cruz. Exerceram ainda a presidência do Instituto, por período expressivo, na qualidade de vice-presidentes, Luiz Barreiros e Raymundo Avertano Barreto da Rocha. Coube ainda a Lauro Sodré e a Joaquim Magalhães Barata a condição de presidentes de honra do IHGP, visto que em seus respectivos governos, a frente do Estado do Pará, eles muito contribuíram para a criação, no caso do primeiro, e consolidação do IHGP, no caso do segundo. Durante a segunda interventoria de Magalhães Barata no governo do Estado do Pará, quando do chamado Estado Novo (1937-1945), a Prefeitura Municipal de Belém, na época administrada por Alberto Engelhard, em 1943, cedeu ao IHGP o prédio que serve desde então como sede do Instituto. Havia este prédio pertencido até então à família de Domingos Antônio Raiol, Barão de Guajará, e, antes, ao Visconde de Arary. Trata-se originalmente de uma construção do início do século XIX, sendo ainda hoje um dos mais belos e imponentes prédios coloniais existentes em Belém.
Inicia-se na década de 1960, quando da presidência de Ernesto Cruz no IHGP. Data desta época a reformulação de forma significativa dos Estatutos do IHGP, cuja última reforma tinha sido datada de fins da década de 1930. Também fora pela primeira vez instituído o Regimento Interno do Instituto. A proposta de reforma dos Estatutos e do Regimento Interno apresentadas pelo presidente Ernesto Cruz praticamente refundou ou reinventou o IHGP, sendo objeto de debates nas sessões de assembleia geral convocadas para essa finalidade. O ex-presidente Josué Justiniano Freire, que antecedeu Ernesto Cruz, fora então contrário a um determinado e importante aspecto das mudanças sugeridas e de fato aprovadas e realizadas. Freire, ainda que derrotado, não concordou com a interpretação dada por Cruz de que o IHGP fundado em 6 de março de 1917 devia ser considerado uma continuação do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico do Pará fundado em 3 de maio de 1900, apesar dos debates havidos em 1917 e da mudança de nome. Contudo, a proposta de Cruz saiu vitoriosa e a data de 6 de março de 1917 fora redefinida como de reinstalação do Instituto e não de sua fundação ou, melhor dizendo, de fundação de uma nova agremiação. A partir daí, então, se voltava a comemorar o 3 de maio como data de fundação, sendo o 6 de março considerado data de reinstalação, sendo os anos do IHGP (re)contados a partir de 1900, não mais desde 1917, ainda que a numeração de sua Revista continuasse obedecendo aquela iniciada em 1918. Ainda como parte dessa grande reforma estatutária do IHGP, empreendida na gestão de Ernesto Cruz, a reinvenção do Instituto se fez pela definição do número de sócios efetivos em 40 (quarenta), cada um deles ocupando uma Cadeira numerada com seu respectivo Patrono, cabendo então aos sócios efetivos existentes na época fazer a posse em sua Cadeira com o elogio do Patrono, tornando-se o primeiro ocupante de cada Cadeira o seu fundador. Instituía-se, portanto, novas formas de ingresso e novos rituais de posse, ainda hoje praticados, da mesma forma que fora estabelecido o Distintivo do IHGP e a Medalha Pedro Teixeira a ser usado pelos sócios. Data ainda desta fase, outras importantes realizações. Entre elas a retomada da publicação da Revista do IHGP, que deixara de sair desde a década de 1950, sendo alguns de seus números impressos na Gráfica da UFPA sob patrocínio desta Instituição Federal de Ensino. Na época, a UFPA, sob o reitorado de José da Silveira Netto, tornou-se importante parceira do IHGP. Silveira Netto tornou-se então Sócio Benemérito do Instituto, da mesma forma que o governado do Pará, Alacid Nunes, cujo governo dera importante apoio ao Instituto, inclusive realizando a reforma do prédio sede do Silogeu. Em 1975, José da Silveira Netto assumiu a presidência do IHGP, permanecendo à frente da instituição até 1996, quando, devido ao seu grave estado de saúde, não pode mais continuar na condição de presidente, acabou sendo substituído interinamente pelo vice-presidente Victor Tamer que, então, em 1997, passou a gestão do IHGP a uma Junta Governativa Provisória, da qual era membro, constituída ainda pelos sócios: Guaraciaba Quaresma Gama, membro, e Geraldo Mártires Coelho, presidente. Assim encerrando a terceira fase. Vale destacar, no entanto, que ao final da gestão de Silveira Netto, entre os anos de 1995 e 1996, fora realizado o trabalho de higienização e organização do acervo documental do IHGP, que veio a constituir o “Arquivo Palma Muniz”, sob direção do professor e historiador José Maia Bezerra Neto e da arquivista Ana Negrão do Espírito Santo, com patrocínio da Fundação Cultural do Município de Belém/FUMBEL e apoio da UFPA.
Com a eleição da nova diretoria do IHGP para o triênio de 1998-2001, presidida por Geraldo Mártires Coelho, iniciou-se a quarta fase. A debilidade institucional do IHGP, em termos financeiro, físico e organizacional, marcado por anos de inatividade associado a uma determinada compreensão patrimonialista da instituição, fora desde então o grande desafio das gestões à frente do Instituto. Algumas mudanças importantes aconteceram, no entanto. A mais importante talvez, como parte da reforma dos Estatutos e do Regimento Interno, fora a mudança de ingresso no IHGP, tornando-a mais acessível e democrática, efetivamente republicana. Até então, para ser Sócio Efetivo era preciso obter a indicação de 03 (três) associados, após o que seria submetida à Comissão de Admissão de Sócios a candidatura, cujo parecer favorável ou não seria aprovado em Assembleia Geral. Após a mudança, aboliu-se a necessidade de indicação prévia, sendo por meio de Edital aberta as inscrições para preenchimento de determinada vaga. Outra mudança fora o restabelecimento da cobrança de mensalidades a serem pagas pelos sócios, visando a obtenção de alguma receita que ajudasse minimamente na manutenção do Instituto. Data desta época também o lançamento, ainda que de forma irregular, do Boletim Informativo do IHGP, visando dar publicidade dos atos da diretoria e do próprio Instituto. Importante também fora a celebração de convênio com a FUMBEL, entre 1996 e 1997, que permitiu repasse de recursos para auxílio financeiro do IHGP, bem como custeio de reforma no telhado do Prédio do Instituto. As dificuldades a serem enfrentadas, todavia, colocaram novamente a necessidade de uma nova Junta Governativa Provisória, em 2001, presidida por Guaraciaba Quaresma Gama e constituída pelos membros José de Araújo Mindello e Leônidas Braga Dias, quando do término da gestão iniciada em 1998. Coube à referida Junta proceder à eleição de uma nova diretoria. Em 2002 iniciou a presidência de Guaraciaba Quaresma Gama, que fora reconduzido mais duas vezes ao cargo, em 2005 e em 2008. Em agosto de 2010, devido ao falecimento do presidente Guaraciaba Gama, a Vice-presidente Anaíza Vergolino assume a presidência do IHGP, conduzindo o mandato até 02 de maio de 2011, encerrando assim a quarta fase. Durante as gestões do presidente Guaraciaba Gama, com a colaboração dos demais diretores e associados, houve o início da reforma do Prédio do IHGP, Solar do Barão de Guajará, dentro do Programa Monumenta, sob os auspícios do Governo Federal e da Prefeitura Municipal de Belém. Neste ínterim, também foram realizadas sessões de estudos no contexto das comemorações dos 90 anos de reinstalação do IHGP, em 2007, com apoio da secretaria de Cultura do Estado do Pará/SECULT, sendo retomada então uma das atividades previstas nos Estatutos do IHGP, ou seja, a realização dessas sessões. Antes, contudo, convênio celebrado entre o IHGP e a SECULT já havia permitido por um breve período o repasse de recursos para custeio das atividades do IHGP, permitindo à Instituição fazer frente a alguns problemas. Ao longo desse período, mas servindo ao IHGP desde a época da presidência de José da Silveira Netto, papel importante na vida do Instituto teve o falecido professor Carmélio Cruz, técnico-administrativo do Museu da UFPA, durante muito tempo cedido ao IHGP, que durantes anos fora secretário administrativo do Instituto. Como reconhecimento de sua importância, o Professor Cruz, como era conhecido, fora eleito Sócio Honorário do Instituto.
2011-2014 “IHGP, UM NOVO TEMPO” – Presidente Anaíza Vergolino e Vice-presidente José Maia Bezerra Neto. Primeira mulher presidente eleita em 111 anos de IHGP. A gestão foi caracterizada pela revitalização dos pilares fundamentais do IHGP. Dentre outras atividades podemos destacar o seguinte: o levantamento da situação geral do Instituto; o início dom saneamento financeiro e resolução das pendências que impediam a captação de recursos para a entidade. Marcou a primeira fase de recomposição e reordenação do quadro social preenchendo cadeiras vagas – início da reorganização e restauração dos acervos do instituto – a Sol informática em 2012 patrocinou a restauração de uma pequena parte do acervo mobiliário do solar – patrocínio da embaixada EUA para recuperação e restauração de parte dos acervos documental, iconográfico e fotográfico – emenda parlamentar do Dep. Edilson Rodrigues para recuperação de parte do telhado do Solar – a abertura dos prêmios: Roberto Santos em História, Eidorfe Moreira em Geografia e Napoleão Figueiredo em Antropologia e Folclore – entrega do prêmio Ignácio Moura ao sócio Walcyr José da Silva Monteiro pelo conjunto de sua obra – realização da semana de estudo com a participação do Dr. Arno Wegling, presidente do IHGB (Brasileiro) – Diplomação com títulos de sócios honorários a autoridades eclesiásticas: D. Alberto Taveira, Arcebispo Metropolitano de Belém, D. Vicente Zico, bispo emérito, e D. Teodoro Mendes, bispo Auxiliar, e a diplomação como sócio benemérito ao Dr. Luís Carlos Moreira. Intercâmbio cultural entre o IHGP e o Instituto Politécnico de Bragança –Pt, e diplomação do Dr. Antônio Jorge Nunes, Prefeito e Presidente da Câmara Municipal de Bragança de Portugal, como sócio correspondente do IHGP.
2014-2017 – “IHGP, TEMPO PRESENTE” – Presidente Anaíza Vergolino e Vice-presidente José Maia Bezerra Neto. Primeira elaboração de um Plano de Metas indicando seus estrangulamentos e potencialidades e elegendo metas de ações mais prioritárias para o IHGP. A grande reflexão que caracterizou esta gestão foi o questionamento acerca do “que representa o IHGP hoje, para a sociedade que ele está inserido?”. Dentre as metas planejadas foram possíveis realizar as seguintes: Com relação a autonomia financeira do IHGP foi celebrada a assinatura de convênio com a SECULT; a aquisição de máquina de fotocópias (Xérox) para serviços externos e outros equipamentos eletrônicos; renegociação dos honorários do contador; aumento do número de associados; aumento do valor das mensalidades; atualização das isenções tributárias do IHGP (IPTU). Com relação à Administração foi mantida a direção em regime de colegiado em caráter voluntário de seus trabalhos. Com relação à Informação e Publicidade das atividades do Silogeu, foi reorganizada a revista eletrônica e construída a plataforma do site do IHGP. Com relação à sociabilidade e convívio dos associados foi possível realizar o jantar de Natal. Ademais, o IHGP tornou-se parceiro do Programa de Extensão “O auto do círio” da Escola de Teatro e Dança; realizou ainda a revisão estatutária e o programa de participação do IHGP nos festejos dos 400 anos de Belém.
2017-2021 – “IHGP, SABER E MEMÓRIA”. Presidente Anaíza Vergolino e Vice-presidente José Maia Bezerra Neto. Dentre as atividades podemos destacar: Conclusão de ritual de posse dos 30 sócios efetivos, fundadores de novas cadeiras do IHGP; retomada das edições da revista eletrônica e a atualização do site; edição do Boletim Informativo e atualização da página do Facebook. Em andamento está sendo construído o Plano de Metas da gestão, e a realização das Sessões de Estudos em comemoração dos 100 de reinstalação do IHGP.
2021-2024 - "IHGP SÉCULO XXI, TRADIÇÃO E REINVENÇÃO". Presidente Anaíza Vergolino e Vice-presidente José Maia Bezerra Neto.