Os padres liberais no Grão-Pará na época da Independência

entre os ofícios sagrados e o engajamento político

Autores

  • Kelly Chaves Tavares UFPA

DOI:

https://doi.org/10.17648/ihgp.v9i2.71

Palavras-chave:

eclesiásticos seculares, regulares revoluções

Resumo

A comunicação pretende erguer interpretações sobre a sócio gênese dos clérigos liberais na capitania do Grão-Pará e Rio Negro durante a transição da sociedade do Antigo Regime para o Liberalismo. Qual a participação deste grupo social nesse contexto marcado por revoluções e sedições? Entre 1789 e 1794, na Europa proliferaram-se as ideias burguesas e revolucionárias que subverteram essas estruturas de dominação, tornando a Europa e o Ultramar um barril de pólvora explodindo em 1789, na Revolução Francesa, e na revolução de escravos negros e mestiços no Caribe francês em 1791: a Revolução de São Domingos (Haiti). Essas duas revoluções liberais-burguesas abalaram a colônia portuguesa nas Américas, em 1808, depois da transferência da Corte portuguesa para o Brasil, após a fuga de Napoleão Bonaparte, ressoando nas fronteiras da Amazônia e a Guiana Francesa na Tomada de Caiena (1809). E como apresentou-se a Igreja Católica nessa situação? Foi o objetivo deste ensaio discutir a respeito da natureza ideológica do clero secular, mostrando como ele se mobilizou nessa época de revoluções liberais-burguesas e sedições que caracteriza o antes, durante e depois da ruptura com a Metrópole portuguesa, observando a participação de clérigos seculares e regulares liberais, muito deles ligados à Maçonaria, nas revoluções e sedições de tendência liberal-burguesa ocorridas no bojo do movimento pela independência.

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Publicado

2023-07-10