Os indígenas e o militarismo luso no Estado do Grão-Pará e Maranhão (1750-1778)

Autores

  • Wania Alexandrino Viana Universidade Federal do Oeste do Pará

DOI:

https://doi.org/10.17648/ihgp.v10i1.57

Palavras-chave:

Militarização; Indígenas; Amazônia portuguesa e Século XVIII

Resumo

Este artigo pretende analisar a presença indígena no militarismo luso do Estado do Grão-Pará e Maranhão (1750-1778). Esse contexto trouxe profundas transformações para os quadros do militarismo português, o qual também se ajustava às demandas coloniais. É objetivo deste trabalho não apenas compreender esse processo, mas sobretudo, as implicações da lei de Liberdade de 1755 e da Carta Régia 1766 no ajuste das forças defensivas do Estado que incluiu a presença indígena institucionalizada em tropas de milícias e ordenanças. Por meio da análise sistemática de diversas fontes pretende-se tornar evidente que essas mudanças deslocaram os indígenas das margens do militarismo à normatividade, que se faz ver nos registros de patentes e de tropas indígenas. Essa nova condição tornou-se, pela agência indígena, espaço nos quais esses sujeitos manifestavam seus próprios interesses e lutavam por suas demandas na sociedade amazônica colonial.    

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Publicado

2024-01-16